Quanto tempo um dependente químico precisa ficar internado?

27/08/2021 Atualizado em: 28/06/2022

Quanto tempo um dependente químico precisa ficar internado?

Uma dúvida muito comum dos familiares e até do próprio paciente é a seguinte: quanto tempo um dependente químico precisa ficar internado?

O tempo de internação é determinado por uma série de fatores que influenciam na resposta do paciente ao tratamento.  

Ele não pode ser rápido demais, porque a desintoxicação demora algum tempo e o dependente também precisa reaprender a viver sem o uso de substâncias químicas. Também não deve ser longo demais, pois isso afetaria a sua reinserção na sociedade.

Quando a internação é indicada?

Antes de entender quanto tempo um dependente químico precisa ficar internado é crucial saber quando esse tipo de procedimento de internação é aconselhado.

A maioria dos dependentes químicos necessita de acompanhamento profissional quando decide parar de usar drogas. Para determinar o melhor tratamento, o médico responsável faz uma cuidadosa avaliação do estado clínico do paciente.

Sempre que possível, o tratamento ambulatório é o mais recomendado. Entretanto, os casos mais graves precisam de internação, sendo essa a última alternativa em grande parte dos casos.

Sinais de que a internação é necessária

Você viu acima quando a internação é indicada, certo? Porém, quais os sinais apontam para que essa medida.

Então, existem diversos deles e é importante se atentar para saber o momento exato de solicitar ajuda. Veja!

A rotina muda em razão da droga

O primeiro sinal de que algo não está certo é quando a pessoa muda totalmente a sua rotina.

Desse modo, horários de se alimentar, dormir, bem como trabalhar, são afetados em razão do uso da substância química.

Não há tempo para a família

Outro sinal de que talvez a internação seja a melhor alternativa é quando o dependente químico não tem mais tempo para a família.

Isso porque, ele não comparece mais as reuniões e se torna praticamente impossível vê-lo no dia a dia.

Sem contar que o dependente tem o hábito de sempre olhar para baixo, normalmente com vergonha.

Aliás, ele evita até mesmo o hábito de conversar, exatamente como se soubesse que estar fazendo algo considerado errado.

Ele se torna mais agressivo

A agressão é um sinal que aponta para a necessidade de internação do dependente químico.

Nesse caso, ele fica irritado caso seja questionado e até mesmo quando alguém busca oferecer conselhos.

Além disso, quando não tem acesso a droga, o dependente naturalmente fica agressivo por conta da abstinência, sendo capaz de fazer qualquer coisa para obtê-la.

Hábitos de higienes são deixados de lado

É muito comum que o dependente químico deixe os hábitos de higiene de lado, como tomar banho e escovar os dentes.

Ah, é válido apontar que esse é um dos sinais mais graves, que aponta para uma necessidade de internação imediata.

Afinal de contas, ele não se lembra de nada e toda a sua vida é voltada para a utilização de substâncias químicas.

Perda de peso exagerada

É recorrente o emagrecimento em dependentes químicos, visto que não levam uma vida saudável.

Então, novamente nesses casos a internação se torna precisa, pois ele corre o risco de desenvolver doenças e até vim a óbito pela baixa resistência imunológica.

Além desses sinais, há outros também que você deve se atentar, como:

  • Ele passa dias fora de casa;
  • Ele pode cometer crimes em razão do vício;
  • Ele surge apenas para pedir dinheiro e desaparece novamente.

Dessa maneira, não é necessário esperar, recorrer a internação é o mais indicado caso você perceba alguns desses sinais citados aqui.

O que determina a necessidade de internação?

O médico segue alguns critérios na hora de indicar o tratamento e sugere a internação quando o paciente está muito intoxicado, resiste ao tratamento ou quando não está motivado para enfrentar a abstinência.

Outros fatores também são determinantes na hora de decidir pela internação.  Alguns pacientes, por exemplo, têm problemas familiares graves e esse ambiente não é propício para o tratamento. Eles ainda podem apresentar problemas de saúde física, agravados ou não pelo abuso de drogas.

Doenças mentais como depressão e casos em que há risco de vida do paciente ou das pessoas ligadas a ele também são suscetíveis de internação.

Quanto tempo dura a internação?

Vários detalhes devem ser analisados para se estabelecer o tempo que o paciente químico deve ficar internado.

De modo geral, os fatores são:

  • Tipos de drogaem que está viciado: alguns tipos de droga precisam de maior tempo para desintoxicar que outros. Substâncias como o crack são realmente muito difíceis e demandam maior tempo.
  • Tempo de uso e frequência: o tempo e a frequência com que o paciente vem fazendo uso das substâncias também afeta o tempo do tratamento. Algumas pessoas estão viciadas há muito tempo e além das alterações químicas e físicas que isso provoca, ainda há as consequências sociais e comportamentais.
  • Estado de saúde: alguns pacientes precisam ficar na clínica não apenas em virtude da desintoxicação, mas por apresentarem doenças, que precisam ser tratadas, ligadas ou não ao uso de drogas.
  • Resposta ao tratamento: a resposta ao tratamento varia de um paciente para outro. Alguns têm resposta mais rápida e o biótipo, idade, condições de saúde e motivação são alguns dos fatores que influenciam no tempo de resposta do paciente ao tratamento.
  • Colaboração e motivação do paciente: alguns pacientes chegam às clínicas muito debilitados e emocionalmente frágeis. Eles têm menor motivação para o tratamento e precisam de tempo para adquirir confiança e se interessar pelo tratamento.

Então, diante dessas todas informações, apenas um especialista é capaz de determinar com exatidão quanto tempo um dependente químico precisa ficar internado.

Para os casos graves, o tempo mínimo é o de um mês. Internações longas, de 6 meses ou mais, só são pertinentes em situações já extremas.

Conclusão

Não é possível determinar quanto tempo um dependente químico precisa ficar internado, pois diversos fatores e detalhes devem ser considerados.

Sendo assim, o ideal é sempre buscar a orientação e o conselho médico especializado, uma vez que só ele pode indicar o melhor tratamento e, é claro, se há necessidade ou não de internação.

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