Quais são os tipos de drogas depressoras?

30/06/2021 Atualizado em: 28/06/2022

Quais são os tipos de drogas depressoras?

Você já ouviu falar do termo “drogas depressoras”? Este é apenas um dos nomes dados para designar os efeitos que o uso de determinadas substâncias químicas causa no corpo humano, mais especificamente no Sistema Nervoso Central, que fica no cérebro.

As drogas podem gerar sérias consequências a saúde da pessoa, causando diversas alterações nas estruturas de seu organismo, como doenças cardiovasculares, respiratórias, problemas no fígado, no cérebro e transtornos psiquiátricos como a depressão ou ansiedade entre muitos outros.
Essas substâncias agem no organismo desde o primeiro momento de seu uso, sendo assim, existem alguns tipos de drogas que são altamente viciantes, que rapidamente pode tornar uma pessoa dependente.

Além disso, com o consumo abusivo de drogas o indivíduo pode acabar desenvolvendo a tolerância, que é quando a pessoa precisa consumir doses cada vez maiores da substância para se ter os mesmos efeitos que tinha antes, o que muitas vezes pode acabar sendo fatal.

Assim, há aquelas drogas que causam euforia no indivíduo, aumentando sua produtividade e disposição para realizar tarefas, assim como há também aquelas que deixam as pessoas relaxadas demais, fazendo o caminho oposto, proporcionando quase que um desligamento no usuário.

As drogas são diferentes entre si e é importante saber o que cada uma delas provoca. As 3 principais categorias em que se dividem são: depressoras, perturbadoras e estimulantes. Hoje falaremos mais sobre as substâncias depressoras. Confira tudo sobre elas no nosso artigo!

 

O que são drogas depressoras?

As drogas depressoras possuem este nome porque agem diminuindo consideravelmente o funcionamento das atividades cerebrais. Isso quer dizer que ao usá-las o indivíduo se sente relaxado, lento e desligado, como se não estivesse vendo ou ouvindo o que está acontecendo ao seu redor. Podem produzir sonolência, embriaguez e até coma. São substâncias que podem ser usadas tanto para o benefício quando para o mal do usuário, e isso se difere, muitas vezes, no tipo de droga e na dosagem utilizada. São depressores o álcool, os barbitúricos (soníferos), os ansiolíticos (tranquilizantes), os sedativos (calmantes), o ópio e a morfina, os xaropes e gotas para tosse, e os inalantes ou solventes (colas, tintas, removedores).
Algumas dessas substancias são muito usadas em hospitais, com doses controladas. Quem utiliza essas drogas para consumo excessivo, corre risco de coma profundo, pois tais drogas diminuem a quantidade de batimentos cardíacos, causando pouca circulação no sangue no corpo e no cérebro, podendo levar a morte também.

 

Quais são os tipos existentes?

As drogas depressoras podem ser divididas em legais e ilegais. As drogas legais são substancias como sedativos e morfina, utilizados em hospitais para aliviar dores agudas. Essas drogas possuem risco baixo, mas nem todas são assim, como o álcool.
Entre as chamadas drogas depressoras, podemos destacar os principais tipos:

 

Anestésicos

Para que um paciente não sinta a dor de uma intervenção cirúrgica local ou mais complexa, ele recebe anestesias que inibem as sensações de determinada região ou do corpo todo.

 

Bebidas alcoólicas

Não é por acaso que muitas pessoas exageram na ingestão de bebidas alcoólicas para “esquecer os problemas”.
Quando alguém está bêbado, perde a noção de seus atos, não consegue entender o que está acontecendo ao seu redor. Infelizmente é a droga mais utilizada no mundo e o fato de ser lícita colabora para agravar ainda mais as estatísticas.
Apesar de possuir grande aceitação social e o consumo ser estimulado pela sociedade, trata-se de uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança de comportamento.
Quando consumido em excesso o álcool é visto como um problema de saúde, e esse excesso pode causar acidentes de carro e violência.
O álcool inicialmente causa um efeito estimulante, de euforia e desinibição. Depois leva a perda de coordenação motora e sono. Os efeitos agudos do consumo são sentidos no fígado, coração, vasos e estomago. Além disso pode acontecer uma confusão mental, ansiedade, tremores e convulsões.

Medicamentos psiquiátricos

São utilizados com o objetivo de tratar pacientes que apresentam doenças e/ou transtornos, como a depressão, a síndrome do pânico, a ansiedade, entre outras. Geralmente são empregados com o objetivo de tranquilizar o paciente, reduzindo seu estado de alerta ajudando-o a relaxar e evitando ou reduzindo o efeito das crises, além de favorecer o ato de dormir mais facilmente. Ansiolíticos e antidepressivos são os mais conhecidos.

Opioides

Indicados para aliviar dores extremas, os opioides – a morfina, a heroína e codeína são as drogas mais conhecidas e utilizadas –, em especial a morfina, é usada nos hospitais por pacientes que sofreram acidentes graves, estão em estágios avançados de câncer e no período pós-operatório.
Seu maior efeito reside em evitar que estas pessoas sintam dores muito fortes. Essa substância diminui também diminui a motilidade do trato gastrointestinal, razão pela qual é empregada para aliviar os casos de diarreia. Seu efeito sedativo causa sonolência e diminui a capacidade de concentração do usuário.

Solventes e inalantes

Enquadram-se nesse grupo a cola de sapateiro, o lança perfume e a loló. O éter e o clorofórmio, usados em hospitais como anestésicos também estão nesta lista.

Seus efeitos são rápidos e costumam durar pouco tempo. No começo, incluem euforia e sensação de desinibição, mas, com o passar do tempo, evoluem para alucinações, desorientação, depressão profunda e falta de coordenação ocular e motora, que podem ser percebidos através da fala arrastada e do andar vacilante, por exemplo.

Barbituratos

As pessoas usam esse tipo de droga com finalidade medica, para prevenção de ataques apopléticos ou para alivio de sintomas de enxaquecas.

Benzodiazepinas

São menos tóxicos e tem um risco de overdose reduzido. Apresentam maior risco da possibilidade de habituação, dependência e sintomas de retirada físicos e psicológicos sérios. Cessar a utilização a longo prazo pode ser perigoso e acarretar efeitos sérios.

 

 

Quais são os efeitos colaterais do uso dessas substâncias?

Diferentemente do uso destes remédios de forma controlada, consciente e sempre acompanhada por médicos, o dependente químico utiliza as drogas depressoras de forma desenfreada e constante.

Isso significa que após o fim de seus efeitos, a pessoa imediatamente buscará usar mais destas substâncias para novamente sentir-se alheio a seus problemas, evitando lidar com suas dores emocionais e/ou físicas.

Este ciclo vicioso pode trazer diversas consequências que incluem:

  • Náuseas
  • Vômitos
  • Hipotermia (quando a temperatura chega a níveis muito baixos)
  • Falta de coordenação motora
  • Diminuição dos reflexos
  • Câimbras
  • Diarreia
  • Dores abdominais
  • Coma
  • Morte por parada respiratória

Por tudo isso, é muito importante que um usuário desse tipo de substância procure tratamento o quanto antes, a fim de que possa se reabilitar e retomar sua vida.

 

Como tratar a dependência de drogas depressoras?

O tratamento mais efetivo para esta dependência é a internação em uma clínica de recuperação. Em um espaço diferenciado, com uma estrutura que favoreça a reabilitação, bem como com os cuidados de profissionais especializados, a pessoa tem mais chances de conseguir se ver livre do vício.

Nas Clínicas, os usuários passam por um tratamento que consiste não apenas em mantê-los longe dessas substâncias para que o organismo possa começar a se reabilitar e se limpar do uso das drogas, mas também por um atendimento feito por uma equipe multiprofissional que trabalha para ajudar o indivíduo a refletir sobre sua vida e escolhas.

Nesse processo, a pessoa não apenas toma consciência dos estragos que as drogas fizeram à sua saúde, autoestima e relacionamentos, mas também é motivada e fazer planos com o objetivo de reconstruir sua vida, retomando tudo o que foi interrompido pelo vício.

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