Como saber se uma pessoa está usando ou é viciada em cocaína?
10/06/2021 Atualizado em: 16/04/2024
Se alguém próximo a você se tornou agressivo, isolado ou está se inserindo em círculos de amizades duvidosas, convém ficar de olho e tentar ajudar. Geralmente, mudanças repentinas de comportamento podem ser sintomas de pessoas que usam drogas. O fácil acesso a entorpecentes e a convivência com pessoas que usam tóxicos são fatores que favorecem o abuso dessas substâncias. A dependência química é um mal que atinge sutilmente um indivíduo, principalmente quando o primeiro contato com as drogas ocorre ainda na juventude.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz recentemente, mais de 3,5 milhões de brasileiros consumiram drogas ilícitas em um período próximo ao que foram entrevistados.
Além disso, 9,9% dos brasileiros relataram ter usado drogas ilícitas uma vez e 3,1% consumiu cocaína. Quando alguém faz uso de algum tipo de droga regularmente, ele muda a forma de se comportar. Com a cocaína não é diferente. O pó branco, que pode ser cheirado ou injetado, provoca diversas alterações e, assim como outras drogas, também pode causar dependência. Se você suspeita que alguém que você ama está usando cocaína, fique atento para os principais sinais. Neste post, trataremos sobre isso para ajudar você nessa tarefa. Não deixe de ler! Este artigo é pra você!
O que é a cocaína e o que ela provoca?
A cocaína é uma substância química estimulante que causa danos severos a saúde do usuário. Como atua no sistema nervoso central, a droga provoca bem-estar, euforia e sociabilidade.
Pelo fato de muitas pessoas não conseguirem obter essas sensações de forma natural e tão intensa, ao fazerem a utilização desta substância, elas acabam querendo repetir o seu uso cada vez mais. Quando isso acontece, o caminho para a dependência química está instalado.
A cocaína é uma droga altamente viciante e que é utilizada em todo o mundo. Segundo dados publicados em junho de 2015 pelo Escritório de Drogas e Crimes da Organização das Nações Unidas (UNODC), 1,75% da população adulta do Brasil consome a droga, mais do que os 1,6% dos Estados Unidos e quatro vezes mais que a média mundial. Geralmente, a cocaína é aspirada pelo nariz, mas pode ser também injetada e fumada, com todos os métodos de administração carregando certos riscos e efeitos adversos. Aprender os sinais e sintomas do uso de cocaína poderá ajudá-lo a determinar se um amigo ou ente querido está viciado na droga, ajudando-o a saber como intervir.
O jornal O Globo divulgou uma pesquisa de um instituto ligado ao IBGE afirmando que o uso de drogas está aumentando entre os adolescentes brasileiros .Os resultados das pesquisas mostram que o percentual de jovens de 13 a 15 anos que experimentaram cocaína subiu. Em 2012 o percentual era de 50,3% e passou para 55,5% em 2015. Isso sugere a urgente necessidade de intervenções mais adequadas para conter os impactos negativos resultantes desse problema.
Identificando o Vício em Cocaína: Sinais e Sintomas a Observar
O vício em cocaína é uma condição grave que pode afetar profundamente a saúde física, mental e social de uma pessoa. Reconhecer os sinais de dependência é o primeiro passo crucial para buscar ajuda.
Alguns dos sintomas mais comuns incluem mudanças notáveis no comportamento, como aumento da euforia seguido de depressão intensa, isolamento social, alterações nos padrões de sono e perda de interesse por atividades anteriormente prazerosas.
Fisicamente, o uso frequente de cocaína pode levar à perda de peso drástica, problemas nasais persistentes e sinais visíveis de agitação ou nervosismo. Além disso, o vício pode ser indicado por um aumento da tolerância à droga, necessidade de doses maiores para obter o mesmo efeito, e experiência de sintomas de abstinência na falta dela. Se você ou alguém próximo apresenta esses sinais, é essencial procurar orientação profissional para avaliação e tratamento adequados.
Abaixo, veja alguns sinais apresentados por aqueles que usam cocaína:
Sinais físicos
- Pupilas dilatadas: verifique se as pupilas se encontram dilatadas mesmo em lugares iluminados e se estão acompanhadas de vermelhidão nos olhos.
- Desgaste nasal: observe se o nariz se encontra vermelho. Alguns outros sinais como sangramento, lesões na parte interna, secreção, capacidade reduzida em sentir e diferenciar odores e vestígios de pó branco em volta das narinas.
- Batimentos cardíacos: devido ao fato de a cocaína ser uma droga estimulante, um dos sintomas mais comuns é o ritmo cardíaco acelerado. Em algumas situações, isso pode levar o usuário à desenvolver problemas de saúde como hipertensão, arritmia cardíaca e até mesmo a morte do coração.
- Infecções de pele: muitas pessoas fazem o uso da cocaína através aplicando-a diretamente na veia, o que leva o efeito a ser imediato. Por isso, veja se existem marcas de injeção no braço ou até mesmo alergias.
Sinais comportamentais
- Observe se a pessoa fala rápida e exageradamente;
- Note se ela apresenta tendências violentas;
- Verifique se ela passou a não se importar com obrigações e responsabilidades;
- Repare se ela arruma motivos para desaparecer, indo com frequência ao banheiro, por exemplo, e retornando com um comportamento diferenciado;
Fique atento a alterações bruscas de humor.
Um dos primeiros sinais de que uma pessoa está abusando das drogas é uma mudança radical em seu humor ou em seu comportamento. Ela pode se tornar mais reservada, introspectiva e até apresentar sinais de culpa, depressão ou tristeza.
Dependendo do tipo de entorpecente consumido, o dependente também pode se tornar impaciente ou assumir posturas extremamente agressivas sem motivo aparente.
Os hábitos de alguém que se torna dependente de uma substância química costumam ser repetitivos e padronizados devido ao efeito das substâncias ilícitas. Assim, uma pessoa pode passar a ter hábitos noturnos ou passar a ter conflitos em sua vida
social por consequência do abuso desses compostos.
Não deixe de observar situações suspeitas, como canetas sem carga, canudos, dinheiro que pode ter sido enrolado e cartões que parecem estar com resíduo de pó.
Salvo exceção, um dependente químico procura se aproximar das pessoas que lhe oferecem drogas. Por isso, ele pode passar a ter companhias diferentes e que antes não pertenciam ao seu círculo social.
Além disso, as roupas também podem denunciar essa prática: o cheiro característico ou a mudança no estilo são fortes evidências. Outro sinal é o uso de itens estranhos como cachimbos, canudos, espelhos, garrafas vazias e objetos perfurantes.
Essas evidências são importantes para iniciar um diálogo ou um questionamento para ajudar os dependentes químicos.
Ajudar uma pessoa a abandonar o vício em drogas, especialmente cocaína não é uma tarefa fácil. Isso exige tempo e paciência para fazer com que a pessoa se conscientize a respeito de sua situação em relação às drogas. Reconhecida a necessidade de iniciar um tratamento, é preciso buscar um diagnóstico correto que direcione à intervenção mais adequada. Em alguns casos, o estágio da dependência é tão avançado que compromete outras questões relacionadas à saúde do paciente, como distúrbios físicos ou mentais.
Um dependente químico pode apresentar alterações também em seu metabolismo. Assim, sinais do abuso de drogas podem aparecer na alimentação: os mais evidentes são a falta ou o excesso de apetite.
O semblante de um dependente químico também costuma refletir o abuso de drogas. Olhos vermelhos, inchados ou mucosas do nariz irritadas também são indícios do uso de substâncias químicas.
Alterações no sono também devem ser consideradas. Problemas como insônia, sonambulismo ou uma inversão de hábitos podem surgir como efeito do abuso de tóxicos.
Abordagem e Tratamento do Uso de Cocaína: A Importância do Diálogo Aberto
Uma das ferramentas mais eficazes para combater os efeitos negativos do uso de cocaína é o diálogo aberto e honesto. Abordar a situação com paciência, compreensão e palavras de incentivo é crucial para navegar com sucesso por circunstâncias delicadas, como a suspeita de abuso de cocaína. Manter uma postura acolhedora e não confrontadora facilita a abertura e a transparência durante a conversa, ajudando a evitar que o indivíduo se sinta julgado ou ameaçado.
Para enfrentar este desafio, é essencial buscar tratamento adequado. Profissionais especializados podem oferecer abordagens terapêuticas que tratam tanto os aspectos físicos quanto psicológicos da dependência, promovendo uma recuperação mais efetiva e sustentável.
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