Como internar um dependente químico maior de 18 anos à força?

A dependência química é uma doença avassaladora que destrói a vida do dependente de forma progressiva. Se não for tratada, ela afeta todos os aspectos da vida de um dependente, levando-o a um estágio crítico, em que ele vive apenas em função do vício e faz de tudo para alimentá-lo.

A partir disso, ele acaba se tornando uma ameaça para sua vida, sua família e para a sociedade. Mas o que fazer quando um dependente químico está em um grau avançado da doença e não quer ou não aceita ajuda?  É possível interná-lo contra sua própria vontade?  Continue lendo esse artigo e descubra!

Internação compulsória e involuntária

Existem dois tipos diferentes de internação que são realizados contra a vontade do dependente. Entenda a diferença entre eles.

1. Internação compulsória

É requerida através de uma ordem judicial. Ela é realizada independente da vontade do indivíduo e da de sua família também. A solicitação é expedida por um  juiz e pode ser utilizada como medida preventiva quando alguém é pego praticando algum delito sob o efeito desse tipo de substância.

Apesar de a decisão ser tomada pelo juiz, é necessário um laudo médico antes para uma avaliação. O magistrado só expedirá a ordem depois disso.  A justiça não pode interferir no tratamento, só o médico especialista poderá dizer quando é hora da alta.

2. Internação involuntária

Essa internação é solicitada pela família ou por um responsável próximo e requer a avaliação de um médico. Só depois que isso acontece é que se emitirá um laudo apresentando a necessidade ou não de internação.

A clínica para onde o dependente foi levado deverá informar ao Ministério Público sobre a internação no prazo de até 72h, através de um comunicado e diagnóstico médico. 

Quando devo recorrer à internação involuntária?

A partir do momento em que alguém se torna um dependente químico, ele passa a viver apenas e unicamente em função das drogas, colocando sua vida em risco e também a de outras pessoas.  Nesse contexto, é hora de alguém intervir.

Uma pessoa dependente dificilmente reconhece que é um doente e que precisa de ajuda. Justamente por isso, não irá buscar e nem aceitar ser ajudado, mesmo sofrendo tantos prejuízos. O quanto mais rápido for tratado, mais rápido ele terá a oportunidade de recuperar sua vida.

Se você está disposto a internar algum familiar dependente químico, saiba que não será uma tarefa fácil, mas será preciso.

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Não deixe para amanhã, pois a vida não espera!