Por que a dependência química não tem cura?

Para muitas pessoas, saber que não existe cura para a dependência de drogas lícitas e ilícitas é algo muito frustrante. Afinal, elas trazem sofrimento tanto para o usuário quanto para os que estão a sua volta e não sabem como agir.

Mas é importante entender o porquê de a dependência ser considerada uma doença crônica e qual é o real significado desse termo. Então continue a ler o texto e descubra que nem tudo está perdido!

Dependência é doença?

Do ponto de vista da Medicina, atualmente a dependência química é classificada como doença crônica, isto é, ainda não há um remédio ou terapia disponível que a solucione rapidamente.

Para se ter uma ideia do que isso significa, basta pensar que a cada 10 usuários que passam por algum processo de reabilitação, 4 a 6 deles  tendem a ter uma recaída. É uma taxa muito alta e que atinge principalmente aqueles que só vão se submeter a algum tratamento tardiamente. Por isso, quanto mais cedo a pessoa receber ajuda, melhor.

A boa notícia é que a nossa sociedade convive com outros tipos de doença sem cura como a asma e a osteoporose. É inegável que todas elas trazem desafios para o dia a dia de seus portadores, mas isso não os impede de continuar vivendo. Então não perca as esperanças. Conheça o que pode ser feito para que alguém com dependência química siga adiante.

O que pode ser feito?

Qualquer doença crônica precisa ser tratada e controlada para que o paciente possa ter qualidade de vida. Ou seja, não há cura, mas com a ajuda de alguns tratamentos pode-se continuar a viver sem grandes problemas.

No caso de quem tem dependência química, diversos estudos apontam para a confiabilidade das internações em clínicas de recuperação. Estes espaços contam com toda infraestrutura necessária, com destaque para uma equipe que vai ajudar o paciente a entender por que ele desenvolveu a dependência e como superá-la.

O período de internação conta com atividades e sessões terapêuticas que preparam o indivíduo para lidar com seus dilemas de forma não destrutiva e a escrever um novo capítulo em sua história, reconstruindo sua vida. Como o tratamento é contínuo para doenças crônicas, uma vez fora da clínica a pessoa deve buscar redes de apoio que a mantenham longe das substâncias químicas.

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