Dependência química é um fator que favorece o desenvolvimento do câncer

O câncer é uma doença preocupante, cujo tratamento é altamente desgastante e, a depender do estágio de evolução, as chances de letalidade são altas.

Alguns fatores contribuem para o desenvolvimento de células cancerígenas, como fatores hereditários (especialmente quando se tem histórico familiar por parte materna), alimentação e até mesmo altas cargas emocionais e frequentes favorecem a atuação dos radicais livres, que, por sua vez, favorecem o surgimento do câncer.

Além disso, há fatores pontuais (como a exposição frequente e desprotegida à luz solar), alto consumo de carne, dentre outros. Contudo, um outro fator preocupante é a dependência química.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a dependência química – tanto em drogas lícitas (álcool e cigarro, por exemplo), como em drogas ilícitas é uma doença.

Desse modo, são questões de saúde pública e devem ser tratadas como tal, com políticas públicas que conscientizem e busquem minimizar e desincentivar o consumo.

Dependência química e câncer: Qual a relação?

O consumo frequente e ininterrupto de cigarro e bebida alcoólica está relacionado a muitas doenças – que podem atingir o fígado, o sistema respiratório, gastrointestinal etc.

De acordo com estudos divulgados pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), pessoas que consomem bebidas alcoólicas com frequência têm maiores de chances de desenvolver tumores no intestino, faringe, laringe, esôfago, fígado, mama e estômago.

Vale ressaltar que não há estudos que apontem uma quantidade considerada “segura” para o consumo alcoólico. Diante disso, quanto mais puder evitar, melhor!

Do outro lado desse cenário, há o tabagismo, que contribui para o desenvolvimento de tumores na bexiga, pulmão, colo do útero, esôfago, rim, pâncreas, ureter, estômago, brônquios, traqueia e até mesmo na cabeça, pescoço, bem como leucemia mieloide aguda.

O que leva à dependência química?

Infelizmente não é possível precisar fatores específicos que desencadeiam a dependência química. Contudo, alguns casos tornam pessoas mais propensas a desenvolver este quadro.

Enquanto algumas pessoas já têm predisposição a este transtorno, outras o desenvolvem após o contato com determinadas substâncias.

Contudo, um fator especialmente preocupante é psicológico. Sujeição a situações altamente estressantes, dificuldade em lidar com frustrações, além de vivenciar episódios traumáticos contribuem fortemente para isso.

Nesses casos, quando uma pessoa não consegue manejar bem suas emoções e sentimentos, é recomendado que procure ajuda psicológica ou psiquiátrica para não alicerçar as emoções na bebida ou outros tipos de droga.

Um problema comum é que, no começo, não é tão simples ou fácil identificar o transtorno. Contudo, alguns dos sintomas que se manifestam na dependência química incluem craving (descrito como uma vontade descontrolada de consumir determinado tipo de droga), falta de controle no uso, abstinência, aumento de tolerância para a droga em questão, mudanças no comportamento.

Diante desses fatores, não hesite em procurar ajuda, afinal, são sinais que seu organismo está mandando para um caminho que pode levar não apenas ao câncer, mas a outros problemas sérios, e muitas vezes irreversíveis – físicos e mentais.